terça-feira, 12 de março de 2013

Justiça: 'Só queria dar um couro', afirma Beira-Mar sobre homicídios

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Terça-Feira, 12 de março de 2013

Traficante é julgado por duplo assassinato e tentativa de homicídio em 2002


O traficante Fernandinho Beira-Mar durante julgamento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta terça-feira (12)
O traficante Fernandinho Beira-Mar durante julgamento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta terça-feira (12)(Luiz Roberto Lima/Futura Press)
O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi interrogado nesta segunda-feira no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde é julgado por duplo assassinato e uma tentativa de homicídio ocorridos em 27 de julho de 2002, numa favela de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Nessa época o traficante estava preso em Bangu 1, na zona oeste do Rio, e teria ordenado as mortes por telefonema feito de um celular.
"Só queria dar um couro neles", contou Beira-Mar ao juiz. Ele disse que é casado, tem 11 filhos, foi empresário da construção civil antes de se envolver com o tráfico. Atualmente, afirma que está estudando teologia na Penitenciária Federal da Catanduvas, no Paraná, para onde foi transferido em setembro passado. A sentença deverá sair por volta da meia-noite desta terça.
Segundo a polícia, as vítimas eram integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, chefiada por Beira-Mar mesmo de dentro do presídio. O telefonema em que o traficante determina a morte do trio foi gravado com autorização judicial. "Estou preso, não estou morto e não perdoo vacilação. Quem estiver errado vai rodar neste bagulho, pode ser quem for", diz o traficante para um comparsa, na gravação.
O traficante chegou ao Rio na tarde de segunda-feira e foi conduzido a Bangu 1, onde pernoitou. Na tarde desta terça, Beira-Mar foi levado de helicóptero para o Fórum do Rio. A audiência no 4º Tribunal do Júri começou às 15h, sob forte esquema de segurança. Ao rever familiares, acenou e mandou beijos, e por isso foi repreendido pelo juiz. Ele negou ter ordenado as mortes dos três comparsas e contou que usou um celular clandestino para determinar a realização de uma reunião e tentar resolver uma disputa entre os traficantes.
Veja.com (Com Estadão Conteúdo)
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