domingo, 13 de abril de 2014

A pequena comédia

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Ivandro Coêlho, professor e jornalista.

 Domingo, 13 de abril de 2014



Quando a arrogância, o sectarismo e a ignorância jurídica se juntam num mesmo palco o resultado normalmente é este: de um lado, o povo revoltado com a tentativa de manipulação em relação ao concurso; do outro, alguns vereadores acuados, sem saber como resolver o imbróglio político criado por eles próprios.

Tudo isso poderia ter sido evitado se a oposição local cultivasse o diálogo e não o confronto direto e intransigente com o Executivo; se, em vez de tentar fazer da Câmara um palanque permanente, os oposicionistas buscassem uma relação mais institucional com o governo. Enfim: se tivessem espírito público e - claro! - um pouco de humildade.

Infelizmente nada disso foi levado em conta. Mas aqueles que pensavam em tirar proveito dessa situação acabaram se tornando alvo de sua própria comédia. Teve vereador que amarelou e ficou a sessão toda calado. Outro perdeu as estribeiras e partiu para o bate boca com a galeria. E outro, em vez de apaziguar a situação, ainda chamou a polícia para expulsar o povo do plenário da Câmara.


Clique Aqui e Reveja VÍDEO da confusão na Câmara: Vereadores não suportam pressão popular e sessão é suspensa

O resultado dessa tremenda falta de habilidade política foi que, além de serem escorraçados pela população, os “gênios” da oposição ainda tiveram de explicar sua patuscada publicamente em rádios, blogs e redes sociais, a fim de evitar um desgaste ainda maior. Além disso, todos agora estão com o futuro político ameaçado. Sim, porque as pessoas que foram aprovadas no concurso – incluindo seus familiares - jamais irão querer saber de quem um dia tentou lhes tirar sua única oportunidade de emprego.

Como se vê, caro leitor, o tiro realmente saiu pela culatra. Baleco e sua turma vão ter que escolher outra peça. Armar o circo em outro lugar.



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