sexta-feira, 1 de agosto de 2014

PT e PMDB definem agendas “casadas” para fortalecer ligação entre Dilma e Lobão Filho

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Sexta-Feira, 01 de agosto  de 2014

(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Dirigentes do PT e do PMDB, em reunião realizada ontem com lideranças de todos os partidos da coligação “Pra Frente, Maranhão”, definiram detalhes para a intensificação de uma campanha “casada” entre a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e o candidato peemedebista ao Governo do Estado, senador Edison Lobão Filho (PMDB).
Segundo o presidente do PMDB, ex-senador Remi Ribeiro, o objetivo do encontro foi afinar o discurso dos dois principais partidos da chapa para o início efetivo da campanha e reforçar a imagem da presidente ao lado de Lobão Filho e do deputado federal Gastão Veira (PMDB), candidato a senador da coligação governista.
“Há ainda uma certa dúvida sobre quem a presidente Dilma apoia no Maranhão em virtude desse movimento de parte da militância do PT em direção ao nosso adversário. Mas isso acabará com a intensificação dessa agenda conjunta. Não haverá mais dúvidas sobre o fato de que o senador Lobão é o único candidato a governador da presidente Dilma no Maranhão, assim como ela é a nossa única candidata a presidente”, destacou Ribeiro, citando a criação de um comitê de militantes petistas em apoio a Flávio Dino (PCdoB), candidato da coligação “Todos pelo Maranhão”.
De acordo com a coordenadora-geral da campanha de Dilma Rousseff no Maranhão, Berenice Gomes (PT), todos os partidos da coligação deram sugestões para a atuação do comitê de Lula/Dilma/Lobão Filho.
“Essa reunião foi definidora dos próximos passos para a campanha da presidente Dilma Rousseff no Maranhão. A partir de agora, teremos a intensificação das agendas e um ‘casamento’ maior das imagens da presidente com a dos candidatos do PMDB ao Governo, o senador Lobão Filho, e ao Senado, o deputado federal Gastão Vieira”, declarou.
Observação
Assim como o presidente do PMDB, o estabelecimento de ações conjuntas entre o PT e o PMDB se encarregarão de dirimir as dúvidas sobre com quem os petistas estão efetivamente coligados.
“Nossa coligação formal é com o PMDB, e isso ficará cada vez mais claro a partir de agora. Não rejeitamos nenhum partido que faça parte da coligação nacional de apoio à presidente Dilma, mas trabalharemos para que a realidade local também seja respeitada”, completou.
Berenice Gomes anunciou, ainda, que medidas administrativas podem ser tomadas contra os militantes que se voltaram contra a aliança com os peemdebistas e formalizaram a criação de um comitê pró-Flávio Dino.
“Esse é um assunto sobre o qual não há muito o que se discutir: o partido tem instâncias e um estatuto que precisa ser respeitado. Nós, em âmbito estadual não tomaremos nenhuma decisão sem a anuência da direção nacional, que já nos informou de que um dirigente vem ao Maranhão atuar como observador dessa situação”, completou.
Além do estabelecimento de agendas conjuntas e do “casamento” das imagens da presidente Dilma Rousseff (PT) com a do senador Edison Lobão Filho (PMDB), lideranças do PT e do PMDB definiram nas reuniões de ontem a criação de um comitê conjunto de campanha, para traçar estratégias comuns entre os candidatos a presidente, governador e senador. Dirigentes nacionais do PT devem integrar o grupo de trabalho.
(Foto: De Jesus/O Estado)
(Foto: De Jesus/O Estado)
“Tratamento diferenciado”
A coordenadora-geral da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) no Maranhão, Berenice Gomes, defendeu, ontem, em entrevista a O Estado, que o PMDB tenha “tratamento diferenciado” por parte da petista quando estiver no estado em campanha.
Segundo ela, o PMDB tem sido leal ao projeto de reeleição de Dilma e isso deve ser levado em consideração na hora da definição das agendas.
“Tenho dito que não podemos despotencializar nenhum dos partidos que fazem parte da aliança nacional pela reeleição da presidente Dilma. Mas não podemos esquecer, também, que o PMDB tem como única candidata a presidente, enquanto o candidato do PCdoB apoia três candidatos a presidente”, disse, lembrando o apoio de Flávio Dino, além de Dilma, a Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Para Gomes, essa lealdade precisa ser compensada. “É claro que, nesse contexto, defendo um tratamento diferenciado ao PMDB e ao candidato Edison Lobão Filho por parte da presidente Dilma e do PT”, pontuou.
Na segunda-feira, dia 28, durante reunião da coordenação nacional da campanha petista, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, já havia manifestado a preferência do PT pelo PMDB no Maranhão. “No Maranhão, nós somos PMDB desde criancinha”, disse o dirigente na ocasião.



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