sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Ação contra Lobão Filho repercute mal nacionalmente e candidato pede providências à Justiça Eleitoral

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Sexta-Feira, 26 de setembro de 2014

De O Estado
lobaoO senador Edison Lobão Filho (PMDB), candidato a governador pela coligação “Pra Frente, Maranhão”, protocolou ontem requerimento na Superintendência Estadual da Polícia Federal (PF) e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão pedindo explicações sobre a ação de agentes federais que, na madrugada de ontem, em Imperatriz, aparentemente sem mandado, deflagraram ação de busca num avião e em carros na comitiva do peemedbeista, no aeroporto Renato Moreira.
Ações de Investigação Eleitoral e representações foram também protocoladas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Lobão Filho voltava da cidade de Estreito após um comício, junto com o deputado federal Gastão Vieira (PMDB), candidato a senador pela mesma coligação, quando foi surpreendido pela ação. Os federais procuravam por valores que os candidatos estariam transportando para a compra de votos, mas nada foi encontrado.
Segundo ele, de arma em punho os homens da PF renderam motoristas dos veículos e o piloto e o co-piloto da aeronave, revistaram malas e integrantes da comitiva. “Até o kit de primeiros socorros do avião foi aberto”, destacou o peemedebista.
Ao protocolar no TRE uma petição informando ao presidente da Corte, desembargados Froz Sobrinho, sobre a atuação dos federais, ele classificou o caso como uma “uma sucessão de eventos muito estranha”.
Lobão Filho relatou que a ação ocorreu apenas horas depois de o secretário nacional de Justiça, do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, aparecer no programa eleitoral do candidato Flávio Dino (PCdoB), da coligação “Todos pelo Maranhão”, declarando apoio ao comunista. Na inserção para TV, Abrão aparecia junto com o brasão do Ministério da Justiça – nas dependências da pasta, segundo o peemedebista -, o que, para a coligação “Pra Frente Maranhão”, configura-se como abuso de poder político.
“Ontem foi uma sucessão de eventos muito estranha. Estamos a 10 dias das eleições e o que aconteceu foi uma declaração formal do secretário nacional de Justiça, do Ministério da Justiça, que é o chefe da Polícia Federal, de apoio explícito ao candidato Flávio Dino. A gravação original, com o brasão do Ministério da Justiça atrás dele, e ele em pleno exercício das suas funções faz uma declaração desse tipo. Horas depois eu sofro o constrangimento de uma operação policial federal”, ressaltou.
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Para o candidato, a PF foi usada como “instrumento político” e, diante da coincidência dos fatos, o secretário Paulo Abrão deveria ser afastado do cargo, como pede sua coligação
“Entendemos que não há mais condições de o secretário nacional de Justiça permanecer no cargo. Ele tem que ser afastado do cargo e esta operação precisa ser investigada e aprofundada”, disse o Lobão Filho.
Ele relatou que, durante a operação, o delegado Paulo de Tarso Cruz Júnior não informou detalhes sobre a denúncia, nem apresentou um mandado de busca que respaldasse a ação.
“Nós entramos com requerimento à Polícia Federal para que explique quem denunciou – porque eu perguntei ao delegado na hora e ele foi evasivo -, e como foi preparada essa operação, para que a gente possa entender as verdadeiras motivações de uma operação como aquela. Não apresentaram nenhum mandado. A única coisa que disseram foi a força da presença das armas, que estavam em punho. Não concluíram o auto. Deveriam ter feito o auto, mostrando que não encontraram nada, mas não fizeram o circunstanciamento daquele ato e, simplesmente, depois, não encontrando nada, se retiraram do aeroporto”, comentou.
Lobão destacou que o delegado que comandou a operação é filho do ex-prefeito Paulo de Tarso Cruz Viana (PSDB), de Sítio Novo, que já declarou apoio ao candidato Flávio Dino nas eleições deste ano.
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