Segunda-Feira, 13 de abril de 2015
Chapadinha (MA) – Depois de três meses com as obras paralisadas, a empresa Vale do Paraíba Engenharia, responsável pela ampliação do sistema de abastecimento de água de Itamacaoca, voltou a Chapadinha. A cobrança foi feita pela prefeita Ducilene Belezinha (PRB-MA), que recebeu representantes da empresa em seu gabinete e exigiu explicações quanto aos motivos da paralisação e a retomada dos trabalhos.
A previsão para a conclusão da primeira etapa do empreendimento foi apresentada no canteiro de obras. “Houve um problema no pagamento dos trabalhos, e desde setembro do ano passado que não recebíamos. Nossa previsão é que na próxima semana todos os serviços sejam recomeçados. A previsão de conclusão dos trabalhos, se não tiver mais nenhuma interrupção, é de um ano” , informou o gestor de obras, Nourival Sousa Chagas.
A obra, de R$ 26 milhões, é composta pela construção da Estação de Tratamento de Água (ETA); perfuração de quatro poços profundos no Recanto dos Pássaros, Bairro Novo, Mutirão e Centro; 110 quilômetros de rede, interligando o sistema, além da barragem da Itamacaoca, que teve seu nível elevado em quatro metros de altura. Esta é a única fase concluída do projeto.
O empreendimento faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II), do Governo Federal, é de responsabilidade da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), empresa que tem uma concessão de 20 anos com o Município, e que só depois de 18 anos, e após cobranças da atual gestão municipal, começou o serviço de ampliação do fornecimento de água.
Problema – A Caema abastece cerca de 8 mil consumidores. O município é responsável pela manutenção de 57 poços artesianos para suprir o restante da demanda. Um problema que vem se agravando com a diminuição das chuvas a cada ano.
“A prioridade agora é concluir a perfuração dos poços para suprir a necessidade da população e aumentar o fornecimento para mais 9 mil famílias. Há preocupação por parte do poder público municipal com a conclusão dessa obra e, principalmente, com a paralisação dela. É uma satisfação muito grande saber que a empresa está retomando os serviços” , disse o gerente da Caema, em Chapadinha, José Carlos Silva.
A paisagem desoladora do reservatório de Itamacaoca é preocupante, atualmente não passa dos 10% de sua capacidade, mas a situação pode mudar se a segunda etapa do projeto de captação de água for posta em prática, que seria o redirecionamento da água da região do aeroporto.
“Já existe um estudo que comprova que antes da construção do aeroporto a água daquela região descia para o reservatório de Itamacaoca, mas depois isso acabou. É necessário um outro projeto para redirecionar essa água para o reservatório, mas isso vai depender dos recursos da Caema” , acrescentou o gerente.
De acordo com Ducilene Belezinha (PRB-MA), a falta de água é um problema que atinge várias cidades do país. “Cada município deve buscar alternativas para evitar o desabastecimento. Em Chapadinha, a luta é para concluir o sistema de Itamacaoca e garantir água nas torneiras”, declarou.
Fonte: Jornal O Estado do Maranhão
Edição: Agência PRB Nacional de Notícias
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