segunda-feira, 7 de julho de 2014

“Não se pode crucificar a guarnição”, diz Cel. Ivaldo sobre morte de PM em confronto

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Segunda-Feira, 07 de julho de 2014

Na manhã desta segunda-feira (7), no Comando Geral da Polícia do Maranhão, foram dados esclarecimentos sobre a morte do sargento Benedito Gomes Lima Filho, que foi baleado durante confronto com a ROTAM numa abordagem ocorrida na noite de sábado(6) em São Luís. O Cel. Ivaldo Barbosa, que está à frente da ROTAM, contou as circunstâncias em que tudo aconteceu durante a coletiva de imprensa.

Naquela noite, as equipes da PM estavam voltadas às buscas pelos assaltantes da Big Ben no Turu. O crime teria sido cometido por uma dupla numa moto fan preta com apoio de um veículo prata, que teria dado cobertura no assalto.
Passando pela Avenida Daniel de La Touche, nas proximidades do Shopping da Ilha, uma viatura da Ronda Tática Móvel (ROTAM) avistou os dois veículos suspeitos (a moto fan preta e logo atrás o veiculo prata) e tentou pará-los, fazendo os procedimentos necessários.
A dupla na moto conseguiu escapar. O veículo prata, um Corsa Classic, dirigido pelo sargento Lima Filho que se encontrava na companhia de um homem identificado como Ivo Fernando, não atendeu o pedido de parada da ROTAM e daí em diante teve inicio uma perseguição.
A viatura da PM chegou a bater na traseira do carro dirigido pelo sargento Lima. E nas proximidades do Terminal de Integração na Cohama, ele efetuou o primeiro disparo contra a guarnição da ROTAM que reagiu disparando contra o veículo.
Os PM’s emparelharam a VTR em mais uma tentativa de parar o corsa, mas o sargento disparou novamente contra a guarnição que reagiu com mais tiros. Em seguida o carro girou e a PM conseguiu pará-los. O passageiro, Ivo Fernando, se entregou à polícia. Já o sargento Lima, que não conseguia sair do veículo por que a porta teria travado, sentou-se na porta na tentativa de sair e neste momento atirou contra a guarnição que reagiu acertando três tiros nele.

Benedito Gomes Lima Filho que veio à óbito, usava uma arma não registrada e tinha sido afastado da PM em 1990 devido alguns problemas na sua conduta como policial. Ele respondia por dois homicídios, além de ser acusado de outras brigas. Em 1994 ele retornou à corporação através de decisão judicial. Sargento Lima atualmente prestava serviços de segurança na Assembleia Legislativa.

Durante a coletiva o Cel. Ivaldo esclareceu todos esses fatos, de acordo com o que foi revelado pelos quatro policiais que estavam na guarnição na noite do ocorrido. Todos estão afastados das atividades e só deverão voltar ou não após conclusão do inquérito. Abalados com o que ocorreu, os policiais então sendo assistidos por uma psicóloga no CAPS.
O comandante lamenta o ocorrido, mas garante transparência nas investigações. “Aqueles que tiverem razão, que tiverem apoiados na lei com certeza terão seus direitos respeitados. Todos terão oportunidade de se defender e de esclarecer o que realmente aconteceu”, disse Cel. Ivaldo.
Ainda de acordo com ele, a tentativa da guarnição era parar o veículo e o sargento em nenhum momento teria tentado se identificar aos policiais de serviço.
“Não se pode crucificar a guarnição por que aconteceu este fato. As técnicas usadas na abordagem foram corretas e são as mesmas usadas no mundo todo. Sirene ligada, pisca-alerta, verbalização, batida na traseira do veiculo, e abrimos fogo só quando fomos confrontados. E digo mais, eles sabiam que nos éramos da polícia. Lamentamos tudo isso que aconteceu, mas ele sabia o procedimento.” finalizou Cel. Ivaldo Barbosa.
As investigações seguem e o inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído.
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